Uma eventual paralisação de caminhoneiros no início de novembro preocupa diversos setores da economia. Porém, segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que reúne cerca de 800 mil caminhoneiros, uma consulta feita entre sindicatos associados não mostrou que uma eventual paralisação terá adesão da categoria. Em nota, a entidade informou que não foi consultada sobre nenhum dos temas tido como pauta pelo grupo que está convocando a greve. Embora compartilhe da insatisfação do valor do diesel e do frete, o órgão entende que uma paralisação traria um efeito negativo, uma vez que há um diálogo com o governo federal e avançando na agenda das reinvindicações.
Os caminhoneiros buscam o cumprimento de um piso mínimo para o frete rodoviário e mudança na política de preços da Petrobras para os combustíveis, entre outras pautas. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar um auxilio-combustível para a categoria, mas sem detalhar quando começaria a ser pago ou ainda de onde viria a verba para o benefício. No entanto, também nesta sexta-feira, o novo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, alertou que ainda não há nada concreto sobre o auxílio,
“Essa política está aquém do Ministério da Economia. O que estamos falando aqui é que temos R$ 91 bilhões no espaço do teto para o próximo exercício. Nós entendemos que essa é uma preocupação do presidente , do Congresso e da sociedade. Então, obviamente, isso vai ser olhado dentro da composição dos recursos”, disse. Enquanto isso, o preço médio da gasolina subiu mais uma vez. O valor médio de venda no Brasil aumentou mais de 3% na última semana, passando para R$ 6,56 o litro. O maior valor encontrado pela Associação Nacional do Petróleo foi no Rio Grande do Sul, onde é cobrado R$ 7,88 o litro da gasolina.
*Com informações da repórter Carolina Abelin